terça-feira, 13 de setembro de 2011

Com quantos limões se faz uma limonada?

TopoGigio - Imagem do google

Fazer de um limão uma limonada! Todos sabem o que significa. Fazer de uma experiência difícil uma oportunidade criativa. Assim, o velho ditado tem sido utilizado em situações extremas, como no caso de dieta relâmpago! Tem uma que começa com a penitência de tomar um limão espremido no primeiro dia. Dois limões, no segundo dia. E assim em diante... Reza a tradição que o limão deve ser ingerido de manhãzinha e purinho. Sem água. Sem açúcar. Só na cara feia! Até onde pude observar a coragem das amigas não passou do terceiro limão.
Já uma limonada pode ser preparada até com meio limão, dependendo do tamanho da sede de quem irá beber o suco. Pode ser preparada com uma parte da casca ou somente com os gomos. Com ou sem açúcar. Com ou sem gelo no copo.  Há a limonada simples, mais conhecida pelo seu teor de vitamina C. Há também a limonada suíça, que se prepara com leite líquido, ao invés de água. O nome, talvez, venha do seu aspecto nevado. Para a limonada suíça, utilizar meio limão picado, açúcar ou adoçante a gosto de quem vai tomar, o conteúdo de um copo e meio de leite desnatado. Brum!... Brum!... Liquidificar. Coar para eliminar o bagaço e, depois liquidificar novamente o suco com cubos de gelo. Rende dois copos. Servir imediatamente.
Sei que alguém pensará numa outra limonada, também com açúcar ou adoçante, o limão, é claro (ou a laranja), e mais uma água translúcida como um rio cristalino!... Mas dessa fonte, como se sabe, passarinho de asa não bebe! Por falar em passarinho, alguém sabe de onde vem outro antigo ditado: “comer como um passarinho”?!

sábado, 10 de setembro de 2011

Sabor de infância

                                                          Imagem: belezanews.com

Qual será o sabor da infância que mais lembramos? Falo de um sabor light, de uma infância bem alimentada. Com abraço. Com beijo. Com escola. Embora tenha consciência de outras infâncias com sabor de barriga vazia. Mas não quero entristece-los... O riso também faz parte do sabor da vida.

Sorvete! Este era o meu sabor preferido. Sorvete de qualquer fruto. Frutas é o que não faltava na bela morena cidade das mangueiras. Nas sorveterias espalhadas por Belém do Pará, com cinquenta ou mais sabores de sorvete: de cupuaçu, de bacuri, de uxi, de graviola, de açaí, de banana... Sorvete de todo jeito, inclusive o insosso morango. Tinha até sorvete de farinha de tapioca. Uma com bolinhas, que nem sagu. E babem!... Sorvete de queijo. O máximo!
Aqui vai uma receitinha maneira de sorvete de manga. Descasque e corte em pequenos pedaços uma manga SEM O CAROÇO (Não sei com que gênio da cozinha estou lidando!). Bata no liquidificador juntamente com duas colheres (de sopa) de leite desnatado e o conteúdo de um copo de iogurte desnatado. Brum! Brum!... Tudo liquidificado. Coloque dentro do freezer por quatro horas. Não fique abrindo a porta do freezer a todo o momento! Após, leve ao liquidificador lavado (sei que você passou os dedos e lambeu) para liquidificar novamente. Vai de volta ao freezer. Serve duas porções. Se não entender, peça o desenho.

domingo, 4 de setembro de 2011

De saída

                                                                    Imagem do google

Li uma minicrônica (¹) que falava da tristeza que deve sentir o analfabeto, que não conhece a delícia de saber ler. Mas não pura e simplesmente ler e, sim, ler um jornal, uma revista, um livro... Sabe onde? No banheiro! Isso mesmo! Ler no trono. Dizem que tudo que entra sai, e por que não aproveitar esse sublime momento para uma boa leitura?

Quem leu “Sete Anos no Tibete” (²), haverá de lembrar-se da cena dos vários monges agachados, ao mesmo tempo, para defecar. Os monges aproveitam qualquer oportunidade, por mais trivial, para se aproximar da essência luminosa, atribuída, por Buda, ao ser humano. Por que não apreciar a graça desse momento?!...

É tão importante o funcionamento final do tubo digestivo, quanto do seu início. Quem presta atenção ao que ingere, curtindo cada garfada que leva à boca, esperando engolir primeiro para, depois, encher o garfo com nova carga, certamente estará atento ao funcionamento rotineiro e, quando saudável, diário, de seus intestinos. Quem já cuidou de bebês há de lembrar-se da importância desse momento. Tem mãe que chega a ter a face iluminada ao enaltecer a produção do seu bebê para quem (pobre vítima) está por ali para ouvir. Felizmente, logo aquele pequerrucho, que no início da vida mais parece um tubo-digestivo-berrante, logo passa a controlar seus esfíncteres e a dar conta, sozinho, do recado da eliminação e da sua própria limpeza.

Se alguém, de saída, achou essa crônica suja ou nojenta, experimente levar uma companhia de letras na próxima vez que for ao trono. Ou, para ficar mais enfezado, experimente passar vários dias sem ir lá.



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(¹) Confira a excelente minicrônica da escritora LINANDRE, “Pobres Analfabetos”, no Recanto das Letras: http://www.recantodasletras.com.br/cronicas/3130868

(²) Romance autobiográfico de HEINRICH HARRER.